terça-feira, 24 de julho de 2007

É do senso-comum que a caridade não tem limites. Aceitaremos então este princípio finito como verdade, ou mesmo como dogmático.
O CELTA MORGANA ultrapassou esse limite, e estreou um conceito denominado “CARIDADE ON BOARD”, que (já) faz roer de inveja os mais conceituados prelados e organizações eclesiásticas ligadas a este fim, como as Misericórdias, os Centros Paroquiais, as ordens Religiosas, algumas ONG’s, CARITAS etc. etc.
A ideia foi do Cónego José Ângelo, arcipreste natural de Ílhavo mas deslocado (já lá vão uns anos) para as paróquias de Sintra (por discordar com o Vaticano sobre a temática do preservativo com sabores) que nutre um bom relacionamento com duas meninas do jornal “
CAIS” (a Nicole e a Soraya) .
O Cónego trouxe para bordo, um “sem-abrigo” de nome Evgueny Hortsnae natural de Nagorno Karabakh. O Cónego prometera consigo mesmo que trataria o “sem-abrigo” com tanto carinho e requinte, que ele não sentiria falta de nada nem estranharia o “habitat”.

A foto é esclarecedora, reveladora e elucidativa de um desses momentos. A SOPA DOS POBRES, que tanto eu como o nosso Cónego também partilhámos num acto de solidariedade (para além da caridade). Quando o kosovar proferiu as palavras - "Olbligadro Senhô", os nossos corações explodiram de satisfação e alegria. Eu próprio depois da abrir uma cervejinha fresquinha, ergui o olhar para o céu e exclamei - Oh Lord... Apesar de termos nutridos os nossos corpos com uma "mistela" amarga e fraca como o diabo, é em momentos como estes, de miséria, de compaixão e partilha, que os verdadeiros homens se mostram ao mundo.
P.S. - O "sem abrigo" desapareceu em Portimão.

3 comentários:

joao madail veiga disse...

Onde se pode ver o nosso conhecido, amigo vá, Bolha, com a cara de fome tipica das gentes da serra de montemor, a aceitar de monsenhor Zé Angelo a famosa sopa dos pobres.
Foi a seguir que, rezam as crónicas, ficou triste como a noite.
A doutrina divide-se aqui uma vez mais, o Bolha diz que foi da reduzida dose que lhe calhou, todos os outros dizem que foi da mareação.
Vá se lá saber a verdade !!!!

Jose Angelo Gomes disse...

A tristeza, essa, adveio de reparar que o mestre de cerimónias do Celta Morgana, comia a sopa pelo tacho, não deixando pois , vestigios da dita; A não ser na Tshirt, que como a pressa é má conselheira, lá ia pingando, para maior tristeza, em cima das Tshirtezinha...

Julio Quirino disse...

É uma vergonha só terem dado uma sopinha ao homem, enquanto o guisado de carne era comido às escondidas e regado com o tinto do costume!

Não admira que o sem abrigo tenha desaparecido assim que chegou a terra!

E o Zé Ângelo estava de luvas porquê? Com medo do contágio da gripe das gaivotas?

Francamente...