terça-feira, 18 de março de 2008

TIBETE - A história recente

Não é meu hábito, escrever algo que não esteja relacionado com a náutica. São manifestamente raras as excepções.
Hoje sinto que tenho o dever de escrever sobre o Tibete, ainda que o mar desta região seja normalmente um "mar batido" por ondas chinas massacrantes, sem marés, sem praias e muito cinzenta. Nos últimos dias, parece ter havido uma maré. Foi de sangue, é verdade; mas poderá trazer melhor "mar".
Descobri este texto sensato, para plágio.


Peço a todos os utilizadores deste blog, que procurem meia dúzia de e-mails chinos (bancos seguradoras, advogados, escritórios da ditadura, universidades, media, etc) façam uma mensagem a vosso gosto e imaginativa sobre o TIBET e zás. SEND


Aqui fica o texto de Patricia Sá:


Em 1950, quando Mao pede à China para dar o "grande salto em frente", o Exército de Libertação Chinês ocupa Lassa, a capital do Tibete. Perante o silêncio internacional, os chineses iniciaram um "programa" de dizimação da cultura e sociedade tibetanas, sob o pretexto de ajudar os tibetanos a regressarem à pátria-mãe chinesa e de os libertar do "jugo do feudalismo". Com o início dos confrontos armados em 1959, o Dalai-Lama foi obrigado a deixar o seu país e exilar-se na Índia, em Dharmsala. Actualmente Dharmsala é a sede do governo tibetano no exílio que, liderado pelo Dalai-Lama, se dedica à causa da libertação do Tibete, através da não-violência . Juntamente com seis milhões de Tibetanos espera que a comunidade internacional reaja à situação do seu país.
Em Maio de 1951 foi imposto ao governo tibetano o "Acordo dos 17 pontos para a libertação pacifica do Tibete", que entre outras coisas, dava soberania à China sobre o Tibete, mas reconhecendo a autonomia do governo tibetano no que respeitava aos assuntos internos. A China comprometia-se a não alterar o sistema político existente, a não interferir com o estatuto do Dalai Lama e do Panchen Lama e a respeitar a autonomia , religião e costumes dos Tibetanos - clausulas nunca cumpridas pela China.
Em 1959 o não cumprimento pela China da clausula da autonomia induz a um levantamento nacional, que culmina com o exílio do Dalai Lama na Índia. A sua partida desencadeou uma repressão muito dura e a artilharia chinesa acabou facilmente com a resistência tibetana. Depois disso, 85.000 tibetanos fugiram do seu pais.
A destruição da cultura do Tibete e a opressão do seu povo foi brutal nos anos seguintes ao levantamento nacional resultando na morte de 1.2 milhões de Tibetanos, ou seja, um quinto da população. Muitos outros foram presos ou deslocados para campos de trabalho. Foi levado a cabo um processo de destruição de mais de 6000 mosteiros, templos e outros edifícios históricos.
Em 1965, a China conferiu ao Tibete o estatuto de região autónoma. Tentou demonstrar à comunidade internacional os benefícios da ocupação chinesa através da construção de hospitais, centrais eléctricas, estradas e escolas. No entanto, este progresso material em nada beneficiou os tibetanos (que são já uma minoria no seu próprio país), antes pelo contrário, somente aproveitou ao crescente número de emigrantes chineses que, encorajados pelo governo, continuam a usurpar todos os sectores político - económicos do Tibete.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não me parece que seja por ai, porque esses chinos estão determinados na estratégia que desde essa época até aos dias de hoje está traçada com um objectivo muito claro de se tornarem na 1ª potência mundial, num futuro que não deve estar muito longinquo. Nós os ocidentais é que ainda não percebemos que o preço que irá ser pago vai ser muito elevado.
Agora andamos todos contentes, uns a comprar o + barato, outros, os comerciantes importadores, a enriquecer milhões do dia para a noite e isto à luz das politicas e dos politicos, governates ocidentais. A esses é que faz sentido inundar com merda suficiente que os afogue.
Quem me diz que não vamos nós passar por drama identico ao dos Tibetanos?
Abraço. Ivo