Next stop: Aveiro
Para quem vem de barco da Galiza com destino traçado a Aveiro, convém prestar atenção a alguns detalhes.
A paragem cardíaca ainda se vai tratando em Aveiro (desde que o doente não caia da respectiva maca), mas de resto não há psicólogo que consiga convencer um galego que este está na Europa.
Bom… os camelos (de Aveiro) não têm duas bossas e os minaretes (repito, minaretes) das mesquitas não são visíveis. Mas a arquitectura, o envolvimento paisagístico, a tecnologia da marina de Aveiro e as mulheres demasiadamente tapadas, levam o cidadão mais atento, a julgar-se (estar) em Africa (que não a do SUL).
Vão ficar “encantados” com a segurança rodoviária à volta da Marina de Aveiro, onde não é permitido rodar acima dos 3 km/h, e não há registo de acidente rodoviário naquela zona na memória Aveirense mais remota. É de facto uma zona segura. É uma zona de lazer bastante proletária, isto é, os veículos topo-de-gama, rebaixados ou com mutações tipo “tunning” – não entram. A tecnologia só permite a passagem de carros normais ou TT. A estrada leva-nos ao imaginário de Neil Amstrong ao pisar o solo lunar, tipo as caldeiras açorianas, mas claro em mais pequeno e vapor. A arquitectura envolvente à Marina de Aveiro, é do estilo “Dresden 45”, com ténues traços Bassorá/Nagorno-Karabakh, em cores esbatidas em simbiose perfeita com o óxido de ferro e dejectos de várias formas.
A marina em si, está dotada da tecnologia mais simplista com duches disponíveis em permanência de 24 horas com 2 modalidades a frio: em mangueira de 12mm ou 16mm. O travel-lift é do tipo “telefona-ao-gajo”, com capacidade para embarcações até às 60 tons. Dispõe de Coffee-Shop, galeria comercial, diversas unidades de restauração e por vezes vende-se “casulo” e “serradela” apanhada na “baixa-mar” anterior em embalagem das páginas amarelas.
Não tentem nesta zona procurar um consulado Espanhol para pedir o repatriamento. Não tentem. Sorriam. Estarão mesmo em Aveiro.
Ao verem as paisagens circundantes ao pontão da AVELA, o marinheiro galego poderá entrar subitamente em paragem cardíaca, ao interrogar-se:
A paragem cardíaca ainda se vai tratando em Aveiro (desde que o doente não caia da respectiva maca), mas de resto não há psicólogo que consiga convencer um galego que este está na Europa.
Bom… os camelos (de Aveiro) não têm duas bossas e os minaretes (repito, minaretes) das mesquitas não são visíveis. Mas a arquitectura, o envolvimento paisagístico, a tecnologia da marina de Aveiro e as mulheres demasiadamente tapadas, levam o cidadão mais atento, a julgar-se (estar) em Africa (que não a do SUL).
Vão ficar “encantados” com a segurança rodoviária à volta da Marina de Aveiro, onde não é permitido rodar acima dos 3 km/h, e não há registo de acidente rodoviário naquela zona na memória Aveirense mais remota. É de facto uma zona segura. É uma zona de lazer bastante proletária, isto é, os veículos topo-de-gama, rebaixados ou com mutações tipo “tunning” – não entram. A tecnologia só permite a passagem de carros normais ou TT. A estrada leva-nos ao imaginário de Neil Amstrong ao pisar o solo lunar, tipo as caldeiras açorianas, mas claro em mais pequeno e vapor. A arquitectura envolvente à Marina de Aveiro, é do estilo “Dresden 45”, com ténues traços Bassorá/Nagorno-Karabakh, em cores esbatidas em simbiose perfeita com o óxido de ferro e dejectos de várias formas.
A marina em si, está dotada da tecnologia mais simplista com duches disponíveis em permanência de 24 horas com 2 modalidades a frio: em mangueira de 12mm ou 16mm. O travel-lift é do tipo “telefona-ao-gajo”, com capacidade para embarcações até às 60 tons. Dispõe de Coffee-Shop, galeria comercial, diversas unidades de restauração e por vezes vende-se “casulo” e “serradela” apanhada na “baixa-mar” anterior em embalagem das páginas amarelas.
Não tentem nesta zona procurar um consulado Espanhol para pedir o repatriamento. Não tentem. Sorriam. Estarão mesmo em Aveiro.
6 comentários:
Magnífica descrição da realidade Aveirense!No Domingo passado fui lá almoçar,(Costa Nova),passei pela Avela e foi precisamente isso que eu pensei!!!Agora tento imaginar o que pensarão "Nuestros Hermanos"!É mesmo mau de mais para ser verdade.
Muy bueno el post, me he reído muchísimo mientras lo leía, muy divertido :-)... ya veremos si me hace tanta gracia el próximo sábado cuando tena que llegar a bordo del Marathon.
Abraços,
Mar
Zona segura o tanas!
Já te esqueceste da prostirapariga morta à facada e abandonada no caniçal circundante. Até levou à detenção de um cidadão exemplar durante mais de um mês, até a PJ prender o verdadeiro assassino. O gajo nunca mais recuperou do trauma. E a senhora que morreu afogada nas eclusas, indo aparecer debaixo de um barco bordeaux que estava no pontão. Pergunta ao Zé Luís do Neptuno que ele conta-te pormenores. E o automóvel que foi atirado à água ao pé da ex-fabrica de gelo? E outro no canal ao pé da pirâmide? Para já não falar na colisão frontal de dois veículos a 3 Km/h, no desvio que fizeram por causa da ponte provisória. E as sucessivas visitas aos barcos, que só por sorte não deram em tragédia p. Carpe Mares, Valhala, Wacapou, entre outros? Para já não falar nos meliantes de reputação CERTA (sim, porque de reputação duvidosa sou eu, que toda a gente conhece...) que frequentam a zona pela alta calada da noite. "Zona segura"? Só se for lá para os lados de Macinhata, ou de Aguada, porque disso, por aqui, não há!
WA
Pardal..o WA lembrou e muito bem que aquilo é tudo menos uma zona segura...já para não falar da probabilidade de 99,99% de apanhares LECTOSPIROSE:::..doença quase mortal...chichi de rato.......
Mas o texto está ao nível dos relatos do Joao Rodrigues do MAMA..Hilarianteeeee
Marieke
Bem que podias colocar umas fotos actuais, não esta assim tão mal
Fica-te mal dizeres mal da casa que abriga o teu barco
De forma tão gratuita
Joaquim Varela
Boa escolha musical.
JP
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