terça-feira, 24 de abril de 2007

Ventos orgânicos



Para todos aqueles que pensavam que já tudo estaria inventado no campo da vela.... enganem-se. Quais velas de Kevlar, rígidas ou velas GTI. Nada disso. A novidade chega-nos da cozinha.


Nesta viagem até à cidade de Baiona, encarregámos o Chefe Jorge Queirós das tarefas da cozinha. Comprámos um avental em "tyrelene" e alguns fascículos de culinária, aconselhámos a circular pela embarcação em "tronco nú" para dar um toque mais feminino e o rapaz até se desenrascou muito bem. Foi um acumular de calorias e taninos a cada ilha que passava.

Já num paralelo superior a Viana do Castelo, com vento muito fraquinho num ângulo pouco conviniente, surge a "EUREKA" do nosso chefe.
Vou fazer uma feijoada de feijão preto, para que tenhamos ventos orgânicos que façam disparar a embarcação a toda a força. Se assim pensou, melhor o fez.
As imagens documentam a iguaria, a qual foi regada com uma colheita de 2002 de "Quinta do Contribuinte - Garrafeira" trazida para bordo pelo compadre Herculano, e segundo afirmou comprada no "Free-shop" de Ponta Delgada.
Digamos que para a perfeição, faltou apenas aquela chávena do Campomaiorense Sr. Comendador Manuel Rui de Azinhais Nabeiro. O compadre Albano ficou pela intenção do "chá de cidreira", pois ainda restavam algumas "limalhas" na placa bacteriana, pois na noite anterior esteve algum tempo ao telefone com D. Gregório do Aborrecimento - Bispo de Esposende e Fão.
Uma ou duas horas volvidas, era ver o CELTA MORGANA a bolinar sob fortes ventos orgânicos, contrariando as leis da natureza que teimavam em colocar a calmaria naqueles mares de D. Juan Carlos I. Um dia, quando a Academia Sueca abrir o NOBEL à culinária certamente que rumaremos a Estocolmo para acompanhar este cozinheiro Tuga na cerimónia de entrega do cheque.
Bons Ventos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Assim vão os marinheiros portugueses à conquista Galega, quais representantes da última disnastia Portuguesa, a dos comes e bebes...