terça-feira, 26 de agosto de 2008
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Fuzos ... sempre prontos
Os nossos fuzileiros estão sempre prontos. Aliás o próprio lema deles é - "Sempre Prontos". É vê-los em todos os palcos de actuação, quer seja em missões de paz, quer em missões de pacificação.
Face aos constrangmentos financeiros da Marinha Portuguesa (ver edição de hoje do JN - sobre os meios de salvamento em Portugal), não falta imaginação a estes duros e exemplares militares. E claro, sempre a honrar a nossa bandeira e as quinas. Na foto aparecem efusivamente agarrados às quinas (da SAGRES MINI) e a brindarem à sua Pátria após (certamente) uma dificíl missão de salvamento de uma alforreca coxa ao largo do Cabo Raso. Este amor exacerbado à Pátria não era visto desde o Mundial de Rugby 2007, quando os nossos lobos (também agarrados às quinas) cantavam o hino com aquele vigor e de lágrimas nos olhos.
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CELTA MORGANA
9
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terça-feira, 5 de agosto de 2008
A viagem de Palma (Parte VI)
Praticamente "Alemanes & Bifes" tomavam conta de todos os tascos. Reinava o hit “People from Ibiza”, que era quase como um hino oficial, só que cantado (com letra)!!!! Nesta praia também bateu a onda do progresso e do betão. O Camping já não existe, o único hotel que existia já foi várias vezes remodelado (hà 8 anos voltei a esta praia e o hotel já tinha merecido obras), e entretanto apareceram mais hotéis, mais apartamentos e o OLIMPIC BAR já foi com os pitos, para que o areal balnear ficasse maior. O espírito continua, pois CALA LONGA ainda é do tipo Family Beach. Fundeámos nesta CALA próximo de uma dúzia de outros veleiros e lanchas, onde registámos o record de temperatura da água – mais de 28 ºC. É obra. Apetece logo beber uma SAGRES MINI e ligar o ar condicionado debaixo de água. O Cap. Salgueiro aproveitou a manhã para fazer actividades de “snorkeling”, que é como quem diz, meteu uns óculos de mergulho e enfiou um tubo na boca enquanto calçava uns sapatitos tipo Pato Donald. É a vantagem de não se ter estragado na noite anterior. Estava fresquinho que nem uma alface, e lá andou mais de 2 horas nas águas de CALA LONGA. No regresso trouxe os bolsos dos calções de banho (não, não fez nudismo) cheios de búzios de considerável dimensão. Destino final – tacho. Depois de almoço volante muito ligeiro, fomos tomar uma espécie de café a um bar de praia e mais 4 dúzias de mergulhos. Assim sim. Talvez fossem umas 4/5 horas da tarde quando largámos com destino a PALMA, nessa que seria a nossa última noite de navegação. Ainda com Santa Eulália del Rio por través, e com uma mareação rumo a PALMA com 15/17 nós de vento e o SOG a registar mais de 5 nós, surgiu em pano de fundo
os tais búzios com muitas muitas cervejinhas em procissão. As festas em honra de São Geraldo e Santa Lúzia em Mourisca do Vouga não têm tantos andores. Foi um festival. Em gíria de cervejaria, chamamos de CARROCEL. 5 estrelas e desta vez saiam os tutanos. É sempre bom ter mergulhadores a bordo, e quando estes são cozinheiros, ainda melhor.A foto retrata o tacho depois da guerra! Agora faltavam os atuns, que percorridas mais de 500 milhas ainda
não tinham aparecido. Equacionei consultar o Prof. BAMBO, mas o preço do ROAMING certamente que seria superior ao valor do pescado, pelo que optei eu próprio pelo remédio milagreiro. Nada mais certo, que benzer a amostra e fazer uma cruz na cana. Nossa Senhora haveria de ajudar. E lá fomos, somando milhas, com o vento a subir até 20 nós e o barco a disparar 7-7 e qualquer coisa nós. Bom para quem tem pressa, óptimo para quem tem tempo. Ao jantar apareceria “Frango de cebolada à moda do Alentejo de Cima”, cuidadosamente preparado pelo Chefe João e a noite cairia com café e o UIKE. Muito UIKE , numa noite estrelada, calma, numa velejada perfeita de um larguinho com barcos de grandes dimensões a aparecerem no radar e no horizonte mas também (felizmente) ao largo. Ouvia-se alguma música tuga a bordo e tive o privilégio de governar a embarcação toda a noite. O vento cairia depois da meia-noite, as velocidades baixavam para 4 - 3,5 – 3,0 nós e começávamos a avistar o enorme golfo (é mais que baía) de Palma de Maiorca.
Depois da entrada entre faróis ainda são 10 milhas, significando que são 25 milhas desde que avistamos um dos faróis. A poluição visual é enorme, pelo que a dificuldade em avistar determinados farolins é enorme. Como íamos em direcção a uma marina que se situa próximo do Aeroporto de Palma, a situação ainda era mais complicada. Coisa que se resolve com a velocidade reduzida. Nestas horas o vento não permitia mais que um SOG de 1,5 nós e a pressa não era muita. Tinha encontro marcado apenas à uma da tarde com um fulano chamado “Boeing da AIRBERLIN”, por isso - Um atum, diriam alguns.
P.S. – Obrigadão Cap. Salgueiro pelo convite.
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CELTA MORGANA
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segunda-feira, 4 de agosto de 2008
A viagem de Palma (Parte V)
O acordar em Ibiza é assim. Pequeno-almoço tardio, música ambiente a bordo e relaxe, muito relaxe. Calor e muito calor. Fizemos pequenas bricolages, enchemos o bote (em Lisboa chama-se côcô!!), lavámos o convés e depois de almoço fomos a terra de bote e de canoa tomar uma espécie de café.
Não há maneira destes espanhóis conheceram o Comendador Nabeiro. É nestas ocasiões que me lembro si, Sr. Comendador. Pela tarde manobramos para a baía de Espalmador (!), pois onde estávamos fundeados era uma área protegida das “POSIDONIAS”, alga que está protegida por estas bandas. Em algumas baías existem “poitas” de fundeio para que as embarcações não usem o ferro, por forma a não destruir a flora marinha. Espalmador é uma baía fantástica, com dezenas de veleiros fundeados, com água tranquila e bastante quente. Foi nesta baía que corei de vergonha, num episódio que passo a contar. A maralha que por aqui fundeia, pratica o nudismo fundamentalista pelo menos na hora do banho. Eu como habitante de uma das comunidades “mais à frentex do Planeta” (refiro-me a Mourisca do Vouga) também vou alinhando nestas ondas de modernidade e naturismo. Acontece que ao reparar no panorama à minha volta (sou bastante atento e curioso), era eventualmente o único cujo corpo não continha piercings, tatuagens e pior que isto, o meu corpo contém “tufos de relva”, em claro contraponto contra a calvície total e integral daquelas gentes.
No sexo feminino, nem uma erva daninha naqueles corpinhos, nem sequer aquele risquinho de bigode para dar o contraste. Nada. Nem uma. Senti uma vergonha imensa, e cheguei a equacionar levantar o meu PPR, para investir numa depilação a laser e a sério. Faltam apenas 25 anos. Nessa baía, tempo ainda para dar uma volta ao areal e dedicar-nos à apanha de marisco (tipo búzios), que tratei de preparar à nossa moda. Optei pela técnica do estrugido com tomate, mas ficou uma merda. Os bichos entraram vivos para o tacho, encolheram com o calorzinho do gás e ninguém conseguia tirar os “tutanos” dentro das carapaças. Conclusão: Ingestão de proteína, igual a zero. Não me lembro da janta, mas lembro-me de termos continuado na senda dos digestivos e da minis (já não eram SAGRES !!!) e de manhã rumamos a Ibiza (cidade) num passeio a motor de cerca de 1 hora. Aportámos na marina de Botafoch, onde por 1 noite paga-se tanto por uma singela noite como em Aveiro por um semestre. Não fui eu que paguei, mas até a mim me doeu. Carrega o barco de mercearia, de água e de electrões para as baterias e marchamos até à praia de Talamanca, paredes meias com a Marina. A esta hora já o LADYBIRD estava a caminho da ilha de Maiorca, onde haveria troca definitiva de tripulação. Dois marinheiros “out”, para embarcar a família do Rui e do André. Se as coisa correram bem , dentro de 3 dias voltaremos a ver o LADYBIRD. Em Talamanca malhámos mais umas cañas, mais umas braçadas no mar e “ala que se faz tarde”. Era sábado, estávamos em Ibiza e queríamos sentir um pouco de urbanidade na pele.
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CELTA MORGANA
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sexta-feira, 1 de agosto de 2008
A viagem de Palma (Parte IV)
Os apetrechos de pesca continuavam activados na posição ON. Será que a próxima refeição será o tão desejado atum. Continuámos rumo as Baleares, pois a vontade de chegar era enorme, e havia que aproveitar as situações. As primeiras 20 milhas depois de ter o Cabo de Palos pela popa da embarcação, deverão ser um canal de navegação, e os navios eram às dúzias. Porta-contentores equilibristas, petroleiros malabaristas, pesqueiros de todos os tamanhos e feitios e claro, água muito, muito quente.
(click para ver)
Arribámos a Formentera pelas 4 horas locais, 1 hora depois do LADYBIRD, numa manobra difícil e vagarosa, pois a poluição visual é grande e as sondas muito reduzidas. Já na jurisdição do banheiro local, tempo ainda para andar a saltar de canal em canal (VHF), para assistir às conversas entre o Centro de Socorro Aéreo e um barco com ingleses, que pelo pouco que se entendeu, tratou-se duma evacuação por Helicóptero de alguém que teria tido um treco cardíaco. A prontidão dos espanhóis foi notável, o resto não sabemos, mas obviamente desejamos uma óptima recuperação ao tripulante do iate inglês. Com restrições de calado, fundeamos e dormimos como passarinhos.
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CELTA MORGANA
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