sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Administrador da Pascoal confirma “Argus”



Fonte: Noticias de Aveiro

Não são revelados pormenores quanto aos valores envolvidos, nem sequer grandes planos para o futuro de um símbolos da “Faina Maior”. Confirma-se, para já, apenas que o antigo 'lugre' motor de quatro mastros “Argus”, ultimamente a navegar com o nome de “Polynesia II”, voltou a ter dono nacional, mais concretamente, a empresa de pescas Pascoal, da Gafanha da Nazaré, em Ílhavo, que o pretende salvar. O mesmo armador que tem na sua frota um outro navio emblemático da pesca do bacalhau, o “Santa Maria Manuela” (irmão gémeo do “Creoula”) presentemente na Galiza em trabalhos de restauro para voltar, ainda este ano, ao mar com fins culturais e científicos. “O “Polynesia”, o nosso “Argus”, regressa a mãos portuguesas, através da Pascoal”, confirmou o administrador da empresa ilhavense Aníbal Paião num post colocado no blog http://polynesia2.blogspot.com/ lançado pela empresa para anunciar a compra do veleiro, num leilão realizado a 22 de Fevereiro em Arruba, nas Caraíbas, e o seu regresso a Portugal, após uma viagem de três décadas.
É bom termos empresas em que as decisões de gestão vão (muito para) além dos números. Chama-se "responsabilidade social". Vou começar a exigir Bacalhau PASCOAL e café DELTA. Pena é que os governantes concentrem olhares apenas na "empresas do regime".

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Vila do Conde - forever

No fim-de-semana carnavaleiro, fomos com “guia de marcha” até Vila do Conde, com penetração vaselínica na Foz do Rio Ave. Uma estreia absoluta para todos nós - esta entrada no Ave, pelo que cada um de nós pode acrescentar ao curriculum este Rio. Até o Capitão César que já penetrou em tudo quanto é marina e porto de abrigo (desde Tóquio até La Paz) ainda não tinha entrado nesta barra.
Nesta aventura marcharam o
NVV Veronique, Shemi, a motora Liberum e o Lots of Fun do Capitão Paulo onde me incluí na tripulação. O Celta Morgana passou o carnaval a aguardar pacientemente no Pontão da AVELA pela revisão anual e outras mariquices de bricolagem de inverno. Em Leça, juntaram-se mais uns “marinheiros-morcões”, que com os mouros da frota (Grumete-campino e a visita do Casal Snoopy), compuseram uma caldeirada muito cosmopolita.
Jantar condizente com a categoria da marinhagem em Vila do Conde e a promessa solene de voltar a entrar em Vila do Conde, o mais rapidamente possível. O Pontão de Vila do Conde é algo de fabuloso, bem localizado no centro da cidade, e como está junto à Ponte sobre o Ave, é excelente para pernoitar, pois não há lanchas ou barcos de pesca a produzir ondulação. Do melhor que se possa imaginar. Impressionou-nos (pela positiva) a autarquia, que certamente tudo fará para que Vila do Conde entre nos pequenos roteiros da náutica recreativa, de modo a que algumas dezenas de veleiros encostem anualmente naquele pontão, trazendo algum “valor acrescentado” à economia local e confira uma atmosfera mais cosmopolita. Da nossa parte (e falo em nome pessoal e da AVELA) tudo faremos para que Vila do Conde consiga os seus intentos nesta área. Potencial e vontade política parecem haver.
Visitámos a Nau Quinhentista e a Alfândega (não sabia da existência desta última), numa visita bem guiada e muito bem apimentada (perdão, comentada) pelo Capitão Veiga, tendo explanado com bastante detalhe histórico, os comportamentos sexuais quinhentistas. Uma verdadeira enciclopédia viva.
A foto ilustra as más condições de mareação que o “Lots of fun” esteve sujeito, podendo visualizar o Capitão Paulo a rizar o pano e eu próprio a afinar o velame do estai. O
Grumete-campino pensará: - "Curto mais ser rabojador, que moço-grumete !!!"